Páginas

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nossa história


Venho postar as cartinhas que escrevemos durante uma atividade na aula de Cotidiano e Prática Pedagógica do dia 02 de dezembro. Dividimos a turma em quatro grupos, cada grupo deveria iniciar sua carta e em seguida a carta circularia entre os demais grupos com o intuito de que cada grupo continuasse a carta do outro, assim todos colaborariam com a escrita das cartas.

Grupo: Bruna, Débora Clara, Bianka, Sabrina, Cibelle e Maryanne.
Era uma vez muitas meninas e um menino, que dividiam suas tardes de quinta feira na disciplina de Cotidiano e Prática Pedagógica e apesar das especificidades de cada um, esses alunos se reuniam com um único objetivo, socializar teoria e prática na construção de conhecimentos para a formação docente.
Os trabalhos eram realizados em GTs (grupos de trabalhos), grupos que estudavam, discutiam e traziam um pouco de cada estudante junto as reflexões. Apesar de muito refletirem sobre prática pedagógica e seus percalços, era divertido debater, personalizar e apresentar os seminários, ver os filmes, com muita arte e interdisciplinaridade.
Para que o trabalho fluísse de maneira prazerosa e que envolvesse a participação de todos foi necessário uma pontinha de solidariedade, uma pitada de comprometimento e um caminhão de paciência entre os grupos e compreensão para que tudo desse certo.
Apesar de muito trabalho, chegamos ao final do semestre com a certeza de que podemos olhar para trás e ver que apesar das especificidades e diferenças, as experiências foram significativas, as quais guardaremos para sempre. Fim

Grupo: Francyelli, Elaine, Gisele, Keila e Denise
Era uma vez uma professora que fez diferente. Ela inventou um tal de GT na sétima fase do curso de pedagogia e as aulas algumas vezes cansativas, porém com metodologia diferente, foram boas. Os conteúdos foram trabalhados de modo processual e não acumulados para o final do semestre e tivemos um registro de tudo o que aconteceu e dos aprendizados....
Dessa forma, a dinâmica proposta, contribuiu para um melhor aprendizado, respeitando o ritmo e a particularidade de cada um. Além de trazer atividades manuais, como um pouquinho da infância de cada um bordados num pedaço de pano, possibilitou um conhecimento que vai além da sala de aula, exercitando o olhar sensível.
Em um primeiro trabalho, os grupos refletiram sobre os artefatos culturais e suas implicações na vida das crianças e adultos, assim como na educação, no âmbito escolar.
E foi assim, em meio a tantas alegrias, trocas, indagações, nesse tempo chronos que nos faz enlouquecer, que nos exige tanto que continuamos em busca do tempo Aion. Fim

Grupo: Ana Cláudia, Dayse, Fabiele, Joana, Kethy e Márcia
Há algum tempo atrás, num semestre muuuuito turbulento, viajamos pelo mundo desconhecido do Cotidiano na Educação Infantil. Para essa viagem nos reunimos em grupos, para que cada um buscasse novos conhecimentos e descobertas.
Nesses grupos descobrimos além dos textos, a arte, a música, os desenhos, as imagens. Enfim, tudo isso se fez presente de forma inteligente. E hoje recordamos.
“Espero a chuva cair / na minha casa, no meu rosto / nas minhas costas largas / espero a chuva cair / nas minhas costas largas / que afagas enquanto durmo” (Enquanto durmo – Zélia Duncam)
Esta música fala da chuva, como em nossa caminhada houve muitas tormentas, mas nesse semestre pudemos sentir mais as crianças, a escola e o que pode contribuir positivamente para a educação em nosso país.
Contudo esse semestre nos permitiu experimentar, vivenciar, errar, acertar e nada se perdeu. Com isso acreditamos que foi uma experiência de verdade, repleta de significados, pois a experiência é aquilo que nos passa e que nos acontece e não aquilo que fica na dimensão do olhar. E continuamos nossa caminhada cantando.
“E quando todo mundo pede um pouco mais de calma / e o corpo pede um pouco mais de alma / Eu sei....a vida não para...” Fim

Grupo: Alex, Andra, Marcella, Sarita e Suelen.
Era uma vez um grupo de estudantes que cursavam pedagogia na Universidade Federal de Santa Catarina. Eles faziam uma disciplina em que estudavam o cotidiano escolar. A professora deles se chamava Patrícia de Moraes Lima, nome de artista. E a disciplina que ela dava pedia que estes grupos se esforçassem para trazer trabalhos belos e interessantes, e assim o fizeram. Todos os integrantes acham que este grupo é nota 10, e acreditam que os trabalhos foram enriquecedores para despertar sua criatividade, o olhar sensível e o trabalho coletivo.
Estas produções nos remeteram a nossa infância, e possibilitaram refletir acerca das relações estabelecidas no cotidiano das instituições de educação infantil. Nesse sentido, a estratégia de trabalhar com os GTs foram maravilhosos e importantes, pois contribuiu para pensarmos sobre os nossos papéis de professores.
Aprendemos que existem dois tempos que devem coexistir, o aion e chronos. Devemos nos deixar tocar pelo sentimento de infância, o qual prevalece o tempo aion. E permitir também que as experiências nos toquem, nos aconteça e não simplesmente nos passem.
Portanto, podemos afirmar que essa fase foi muito enriquecedora, ressaltando o comprometimento e carisma da professora, que nos proporcionou esses momentos de interação e aprendizagem na troca de conhecimentos. Ressaltamos e concordamos com o primeiro grupo, quando afirmam que são um grupo nota 10. Fim


Valeu meninas e menino, mais um semestre concluído e junto a isso muita troca de experiências.

Márcia

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Centopéia e Os Dois Amigos

Música:
Sem parar de bater o pé
pereré
pé pereré
vou pelo caminho
passo um pouquinho
volto um passinho
centopéia sentou!
    


Atividade dirigida à faixa etária:
01 aos 02 anos

Justificativa:
Realizar com a criança jogos atrativos para que memorize e possa repeti-los ao ser estimulada,usando a música para despertar a criança e motivá-la através da musicalidade das palavras a fazer repetidas vezes alguns movimentos.

Objetivos:

-Ao cantar a criança pode acompanhar o ritmo com o movimento corporal.
-Organizar a criança em relação ao espaço estimular que a criança fique em pé,ou que passe de diversas posições para a posição de ficar em pé.

Metodologia:
Organizar uma centopéia com cada uma das crianças segurando na cintura da outra.
Cantando a música o grupo deve ir seguindo a orientação ,repetir algumas vezes.


OS DOIS AMIGOS

Faixa etária: 4 a 5 anos

Objetivo: As crianças, em roda, devem evitar que as duas bolas que passam de mão em mão se encontrem.
Quantos jogam: Oito ou mais jogadores.
Material: Duas bolas
Como jogar: As bolas representam amigos que estão chateados um com o outro e não podem se encontrar. As crianças ficam em roda e de pé durante a brincadeira. O jogo começa com uma criança segurando uma bola e a que estiver mais distante dela, na roda, deve segurar a outra bola. O jogador com a bola deve passá-la , para seu lado direito ou esquerdo, tentando que não cheguem a ele as duas ao mesmo tempo. Não vale lançar a bola para jogadores que não estejam imediatamente ao lado. Se isso acontecer, quem receber deve devolvê-la para quem a atirou. Se as bolas chegarem de uma vez ao mesmo jogador, ele é eliminado. O jogo acaba quando sobrarem três jogadores.


Atividade realizada dia 30/11/10 pelo grupo da: Simone, Leticia, Maria Emilce e Ana Claudia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

BRINCADEIRA: QUEM PEGOU MINHA GATINHA?

Acadêmicas: Adriana Leni da Silva Luiz
Amanda de Lara Posich
Débora Clara Ferreira
Jamine Rocha Silva


Como brincar: O grupo forma uma roda e primeiramente escolhemos uma criança, ou podemos fazer outros combinados com o grupo para eleger quem irá ficar no centro da roda, como: alguém pode se candidatar, sorteio, letras iniciais do nome, enfim, regras são flexíveis, podendo ficar a critério de cada grupo participante. Vendamos os olhos da pessoa escolhida, e então a rodamos enquanto o Grupo canta a música:
“A minha gatinha parda
Que em janeiro me fugiu
Quem pegou minha gatinha
Você sabe, você sabe
Você viu...
Quem pegou minha gatinha
Você sabe, Você sabe
Você viu...”
Quando terminamos de cantar, a criança que está no centro da roda, irá parar de rodar e apontará para alguém que está em sua volta na roda, e a criança que será apontada irá miar, assim a pessoa que está vendada terá que tentar descobrir quem é a criança que pegou a gatinha através do som da voz de quem miou. Então a criança que miou irá para o centro da roda e será o próximo a tentar descobrir quem pegou a gatinha.
Contudo, para ensinamento da brincadeira cantada é preciso primeiramente ser cantada a música, para que a brincadeira seja familiarizada entre todo o grupo, neste momento sem acompanhamento de palmas ou outros sons. Após fragmenta-se a música e canta junto com os participantes da atividade. Após o aprendizado acrescentamos as regras e os movimentos criados para a dinâmica.


Objetivo: Essa brincadeira cantada tem como objetivo criar novas formas de trabalhar as práticas pedagógicas, atingindo não somente as crianças, mas aos professores também, para que criem diversas formas didáticas trabalhando com a música planejando momentos e espaços para diferentes brincadeiras. Com esta brincadeira podemos encontrar tais objetivos:

- A percepção dos sons e a concentração;
- A interação do grupo;
- A construção de novas regras;
- O movimento e o ritmo diante a música cantada.

Existem muitas possibilidades de se tornar a Educação Infantil em um ambiente alegre e prazeroso, tornando os diversos momentos vivenciados uma experiência significativa de construção e reconstrução de significados e de socialização do conhecimento. Dentre estas possibilidades destaca-se a importância da inserção das múltiplas linguagens,entre elas a música. De acordo com Maffioletti (p 131):

Quando a criança começa a freqüentar a escola, o novo ambiente precisa tornar-se o mais breve possível, familiar e aconchegante. Além das novidades do ambiente físico, o mundo sonoro é completamente desconhecido. A música pode se tornar um espaço a partir do qual os primeiros vínculos são criados e mantidos. Além disso, as aprendizagens de formas de expressão que comunicam estado de ânimo são imediatamente empregadas para expressar alegria e satisfação (...) o canto é uma atividade eminentemente social, é uma abertura para o outro e um enorme enriquecimento pessoal.

A música é uma das formas mais importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil particularmente.
A brincadeira apresentada pode ter também como objetivo trabalhar os meses do ano, pois a música cita o mês em que a gatinha fugiu, assim é possível que em cada rodada da brincadeira o mês seja trocado e cada criança escolhida represente um mês. Através da brincadeira, tanto realizada no coletivo, como individualmente, a criança começa a compreender o mundo e as ações dos seres humanos e define alguns critérios que caracterizam esta atividade (Wajskop, 1995). Ainda, as brincadeiras cantadas fundem musicalidade, dança, dramatização, mímica e jogos, (dependendo do enfoque a ser priorizado em cada atividade), representando um conhecimento de grande contribuição à vida de movimento da criança. Rodas e brincadeiras cantadas são sinônimos e independe do seu posicionamento, participação e execução. São atividades que os próprios praticantes cantam sem a necessidade de acompanhamento de instrumentos musicais ou equipamentos eletrônicos, e nas quais são brincadeiras dependentes da música, constituída de letras e gestos divertidos (CAVALLARI E ZACHARIAS, 2001).



Bibliografia:

 MAFFIOLETTI, Leda Albuquerque. Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
 http://www.efdeportes.com/efd81/brincad.htm
 http://www.educacaofisica.com.br/colunas_mostra_artigo.asp?id=468

"Corrida de minhocas"

Grupo: Elaine Eliane Peres, Francyelli Hoffmann,
Lucila Monteiro dos Santos, Maria Eliza C. Pimentel

Conhecendo a Corrida de minhocas...

Faixa etária indicada: 5 a 6 anos
Número de participantes: 6 ou mais

Primeiramente é feita a divisão do grande em grupo em grupos menores, dependendo da quantidade de participantes, dois ou três grupos menores. As equipes se posicionam uma ao lado da outra e seus integrantes sentam no chão, com as pernas abertas para que outra pessoa sente entre suas pernas, formando fileiras distintas para cada grupo.
Uma pessoa deverá ser o juiz. O juiz, no início da brincadeira, determinará a ordem e os movimentos a serem realizados pelas equipes ao término de cada rodada. Estes movimentos podem ser variados: passar a bola por cima da cabeça, por baixo da perna, pelo lado esquerdo, pelo lado direito ou ambos, etc.
O primeiro participante da cada “minhoca” recebe uma bola e ao ouvir o sinal do juiz passa a bola ao companheiro de trás a toda velocidade. Quando a bola é recebida pelo ultimo jogador da fileira, este se levanta rapidamente e vai até o principio da fila, fazendo com que o grupo avance uma posição.
Se em algum passe a bola cair, deve-se devolvê-la ao primeiro da fila para recomeçar e repetir os passes feitos. Quando for completada uma rodada e a bola chegar novamente ao primeiro participante a passá-la no início do jogo, a equipe passa a executar o próximo movimento. A “minhoca” que primeiro completar seu circuito é a vencedora.

Qual a importância da brincadeira?

A brincadeira é uma atividade essencial na vida das crianças, pois por meio dela a criança se desenvolve em sua completude, tanto o corpo como a mente. A brincadeira proporciona um mundo de descobertas que envolve e fascina não somente as crianças, mas também os adultos.
Mas afinal, o que é brincar? Como afirma Brougère, “Brincar supõe, de início, que, no conjunto das atividades humanas, algumas sejam repertoriadas e designadas como ‘brincar’ a partir de um processo de designação e de interpretação complexo” (2002: 20). As brincadeiras podem variar dependendo da cultura, tendo outros nomes, regras, mas independente deste fator, as brincadeiras só existem por meio da designação e da interpretação das atividades humanas.
A brincadeira promove tanto o desenvolvimento físico quanto o psíquico. Por ser uma atividade tão importante para o desenvolvimento das crianças, é fundamental que a brincadeira faça parte do cotidiano de qualquer instituição de ensino voltada para o atendimento de crianças, seja qual for a idade que tenham.
É com a brincadeira que a criança se manifesta de diversas maneiras e assim, desenvolve-se. Leontiev (1988) aponta que a brincadeira não é instintiva, ela é uma atividade objetiva que proporciona que a criança perceba o mundo que esta inserida, pois a brincadeira “nasce” da necessidade que a criança possui de conhecer o mundo, as coisas, as pessoas.
Vygotsky (1998) também aponta a importância da brincadeira, destacando que “é enorme a influencia do brinquedo no desenvolvimento de uma criança” (p. 126), pois é por meio da brincadeira que a criança vai significando e resignificando o mundo que está a sua volta, vai aflorando sua imaginação e essa imaginação infantil desenvolve o pensamento abstrato. Também, é na brincadeira que as crianças podem ser livres e espontâneas.
Outro ponto a destacar é a importância das crianças interagiram entre elas próprias e a brincadeira proporciona esta interação, que como nos diz Sarmento, “permite às crianças apropriar, reinventar e reproduzir o mundo que as rodeia, numa relação de convivência que permite exorcizar medos, construir fantasias e representar cenas do cotidiano [...]” (2002: 11). Assim, fica claro a importância que as brincadeiras possuem para o desenvolvimento infantil.
Dessa forma, com todo o exposto é evidente a importância que a brincadeira possui no desenvolvimento infantil, pois por meio dela a criança se socializa com seus pares, descobre o mundo, vive a imaginação e a magia de ser criança.
Para finalizar, um trecho da música Uni Duni Tê, do Trem da Alegria que resume um pouco da magia da infância. “Vai nos levar para um mundo de magia onde a fantasia vai entrar na dança e quando o brilho do amor chegar quero é mais brincar melhor é ser criança... Uni duni duni tê ôôô salame míngüe ôôô sorvete colore...”
Referências bibliográficas

VIGOTSKI, Lev S. A Formação Social da Mente. 6° Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Capítulo VII.

BROUGÈRE, Gilles. A criança e a cultura lúdica. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 2002.

SARMENTO, Manuel Jacinto. Imaginário e culturas de infância. 2002. Texto produzido no projeto POCTI/CED/49186/2002. Disponível em HTTP://cedic.iec.uminho.pt/Textos de Trabalho/textos/ImaCultinfancia.pdf

LEONTIEV, Alexis N. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: VYGOTSKY, Lev Semenovich. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Elefante colorido


Azul, vermelho, verde, amarelo... Qualquer objeto com essas cores se transforma em pique.
A atividade exige atenção e agilidade para correr e não ser pego.
- IDADE: a partir de 2 anos.
- LOCAL: Ambiente espaçoso e colorido.
- PARTICIPANTES: No mínimo três.
- COMO BRINCAR: Uma criança é escolhida para comandar. Ela fica na frente das demais e diz: “Elefante colorido!” O grupo responde: “Que cor?” O comandante escolhe uma cor e os demais saem correndo para tocar em algo que tenha aquela tonalidade.
Vale se a cor pedida estiver na roupa de alguém. Se o pegador encostar em uma criança antes de ela chegar à cor, é capturada. O comandante tem de escolher uma cor que não está num local de fácil acesso para dificultar o trabalho dos demais. Se não achar, pode pagar uma prenda. Pode ser dançar, cantar, contar uma piada, correr, assim por diante.
Vence a brincadeira quem ficar por último.
- BENEFÍCIOS: desenvolvimento da concentração, atenção, coordenação motora, conhecimento das cores, discriminação visual e auditiva.

"Soubéssemos nós adultos preservar o brilho e o frescor da brincadeira infantil, teríamos uma humanidade plena de amor e fraternidade. Resta-nos, então, aprender com as crianças." (Monique Deheinzelin).

A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.

"As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo". Brincar é um direito de todas as crianças do mundo, garantido no Principio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança da UNICEF. É uma atividade de grande importância para a criança, pois a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária.
 
Brincando a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria. O brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil, possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras crianças e com os adultos.

Com brincadeiras e jogos o espaço escolar pode-se transformar em um espaço agradável, prazeroso, de forma a permitir que o educador alcance sucesso em sala de aula. Nós, educadores temos que ser multifuncionais, ou seja, não apenas educadores, mas filósofos, sociólogos, psicólogos, psicopedagogos, recreacionistas e muito mais, para que possamos desenvolver as habilidades e a confiança necessária em nossos educandos.
 
A criação de espaços e tempos para os jogos e brincadeiras é uma das tarefas mais importantes do professor, principalmente na escola de educação infantil. Cabe-nos organizar os espaços de modo a permitir as diferentes formas de brincadeiras, de forma, por exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos, ou seja, observando e respeitando as diferenças de cada um.

Relembrando que brincar é um direito fundamental de todas as crianças no mundo inteiro, cada criança deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a construção do conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio.

Grupo: Cibelle, Denise, Fernanda, Paula.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sai, sai tainha...Saia da Lagoa

Esta brincadeira é de fácil interaçõ junto as crianças, mas é preciso tomar um certo cuidado no momento em que se empurra o colega da frente, para que este ato não chegue a machucar. Sai, sai tainha...Saia da Lagoa, é bastante sugestiva para a região de Florianópolis, pois a tainha está existente em nossa cultura. E, esta cultura também reflete nas brincadeiras, porque como diz Sarmento “A cultura de pares permite às crianças apropriar, reinventar e reproduzir o mundo que as rodeia, numa relação de convivência que permite exorcizar medos, construir fantasias e representar cenas do cotidiano [...] (SARMENTO, Manoel Jacinto. Imaginário e Culturas da Infância.pág. 11), Pode-se adaptar esta brincadeira, falando de outros tipos de animais ou coisas que se relacione com o seu meio.
O grupo se apresentou muito bem, mostrando total entendimeno e desprendimento, tornando a brincadeira bastante agradável e divertida.

domingo, 31 de outubro de 2010

BRINCADEIRA "ADIVINHE QUEM É O MESTRE"





Brincadeira proposta pelo grupo: Bianka Machado, Maryanne Luz e Sabrina Gouveia.

Como brincar:
O grupo se dispõe na sala de maneira que todos fiquem sentados no chão formando um circulo, então escolhem um dos integrantes para iniciar a brincadeira sendo o mestre e outro para ser o detetive.
O detetive deve ser separado do grupo de maneira que não possa ver o mestre começar a brincadeira com seus comandos. Após comandar o grupo com algum movimento com o corpo, todos devem pedir para que o detetive entre (Detetive pode entrar), este deve ficar no meio do circulo e tentar adivinhar quem é o mestre da vez, lembrando que o mestre deve modificar os movimentos variadas vezes.
O detetive tem 3 chances para adivinhar, se não conseguir o grupo deve sortear novamente outro detetive e mestre para a nova rodada.

• O objetivo do grupo com esta brincadeira é despertar nas crianças suas percepções auditivas e visuais, além de trabalhar com a memória e com a atenção:
-do grupo, que precisa prestar atenção no mestre sem deixar pistas para o detetive;
-do mestre, que precisa de grande disfarce para não ser percebido;
-do detetive, que precisa analisar os movimentos de cada participante minuciosamente,o ritmo e o entrosamento do grupo até o momento em que descubrir o mestre.
Também temos como objetivo nessa brincadeira explorar os movimentos corporais e o trabalho coletivo. O corpo é bastante trabalhado e pode ser explorado de diversas maneiras, combinando movimentos, ritmos e muita criatividade para compor movimentos diferentes em um curto espaço de tempo. Essa brincadeira estimula a criança a experimentar novas possibilidades e aprimorar movimentos, utilizando a criatividade e o corpo para se manifestar também de acordo com seus sentimentos. O grupo recebe esses comandos e as sensações, criando uma harmonia entre os movimentos que dão sequência a brincadeira.

• A brincadeira é fundamental na educação, pois através dela é possível intercalar afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação, ludicidade com aprendizagem.
“... o brincar é um meio pelo qual os seres humanos e animais exploram várias experiências em diferentes situações e para diversas finalidades.
(MOYLES, 2002)

• Portanto é através da brincadeira que “deve-se possibilitar situações de interação e aprendizagem de maneira que as crianças possam desenvolver sua capacidade de autonomia do ponto de vista afetivo, cognitivo, estético e social, incorporando, também, elementos que pensem a pessoa pluridimensional, considerando a emoção, a arte, a sensibilidade, o corpo, a vontade, a cultura e a tecnologia como dimensões do fazer educativo.” (Mônica Fantin, 2000)

• Com isso fica claro a importância do jogo e da brincadeira no processo de aprendizagem das crianças. De acordo com Oliveira (2002), o jogo humano requer a capacidade de se relacionar com diferentes parceiros e com eles comunicar-se por meio de diferentes linguagens, para criar o novo tomar de decisões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FANTIN, Mônica. No mundo da brincadeira: jogo, brinquedo e cultura na educação infantil. Florianópolis: Cidade Futura, 2000.
MOYLES, Janet. R.. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Trad. Maria Adriana Verríssimo Veronese. Porto Alegre: Artmed, 2002.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. In: Coleção Docência em Formação. São Paulo: Cortez, 2002.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Outras brincadeiras

Olá pessoal!

Desculpem o atraso da postagem mas gostaria de colocar no Blog outras duas das brincadeiras feitas em sala, aí vão:

Brincadeira QUAL É A REGRA?

Nessa brincadeira, que pode ser feita em pequenos ou grandes grupos, um dos participantes inicia falando algo que irá levar para uma viagem, dizendo: Vou viajar e levarei um "....". Esse será o participante que inventou e conhece a regra utilizada para saber o que pode ou não ser carregado. Após isso os outros participantes deverão dar palpites sobre o que gostariam de levar e o primeiro jogador é quem dirá se aquilo pode ou não ser carregado na viagem. As regras podem variar dependendo da vontade do jogador que inicia a brincadeira, podendo ser carregadas, por exemplo, apenas coisas amarelas, ou então apenas o que começa com a mesma letra que inicia o nome do participante que deu o palpite e assim por diante.
A brincadeira se torna interessante por não necessitar de materiais específicos ou espaços amplos, além de estimular a imaginação e desenvolver o raciocínio lógico dos participantes, que devem permanecer atentos tentando estabelecer conexões entre os artigos possíveis de serem levados para a viagem para dessa forma desvendar a regra por de trás do jogo. Quando um participante a descobre ele não deve contar aos outros, mas seus palpites se tornam valiosos e funcionam como pistas para aqueles que ainda não desvendaram o segredo. O jogo termina após todos descobrirem a regra.



Brincadeira PROCURANDO A CAVERNA

Nessa brincadeira as crianças estão dispostas em círculo sentadas no chão, o condutor da brincadeira, que pode ser o professor, inicia um passeio imaginário repleto de obstáculos, enquanto conversa com as crianças dizendo o que está pelo caminho, todos devem fazer gestos que representem a passagem pelo obstáculo: gestos de subir ou descer da árvore, de passar por baixo de algo, nadar para atravessar um rio etc. Entre um obstáculo e outro deve-se bater com as mãos sobre a perna para representar caminhadas ou corridas. Ao final da brincadeira as crianças "encontram" a caverna, e ao entrar descobre-se um grande urso. Nesse momento o caminho deve ser relembrado da maneira inversa ao modo como ocorreu na ida a caverna e de maneira bem rápida, representando a volta para casa, fugindo do urso.
A brincadeira proposta é bastante flexível e pode ser sempre reinventada pelo professor e pelas crianças, assim como pode ser feita em pé ou caminhando. Ainda existe outra versão da brincadeira, que foi apresentada pela Debora, em que a caminhada era embalada por uma canção e o animal encontrado era um leão.
De qualquer maneira a brincadeira aqui exposta permite que as crianças circulem por múltiplos ambientes imaginários, repletos de desafios e de fantasia, além de permitir a consciência corporal e fortalecer as representações estabelecidas pelas crianças.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Macaco preto.

Vamos descrever as brincadeiras que foram apresentadas no dia 27 de setembro.

Macaco preto.

Formação: Um aluno no centro. Delimita-se um espaço que pode ser uma quadra de futebol. Uma criança fica no centro e os demais em uma das linhas de fundo.

Desenvolvimento: a criança do centro delega várias cores ao macaco, como por exemplo, macaco verde, macaco azul e ao falar macaco preto, as crianças deverão correr até a linha de fundo do outro lado, quem for pego pela criança do centro, ajudará a pegar as demais.

Está brincadeira pode ser modificada, trabalhando diferentes temáticas como, por exemplo, os animais, identidade, os gostos de cada um, frutas entre outros.

Pode-se brincar assim: a criança que está no centro, no lugar de falar macaco preto, fala uma outra característica, como quem usa brinco, por exemplo e a criança com esta característica se desloca para o outro lado.

Chaca, Chaca, Ugaga.

Formação: Todos em pé formando uma roda com um integrante no centro, sendo que um integrante vai até o centro da roda cantando a seguinte música:

Chaca, Chaca, Ugaga, Ugaga, Ugaga (2x)

Eu quero você pra mim (2x)

Tum, tum, tum, tum, tum (2x)

Desenvolvimento: o aluno que iniciar, irá sair cantando, dançando e batendo palmas dentro da roda, enquanto todos estarão batendo palmas e cantando também. No momento da música em que diz: eu quero você pra mim, deverá escolher um colega e parar em frente à ele e apontar para o colega e para si rapidamente. No momento da música que diz: Tum, tum, tum, tum, tum, o aluno deverá fechar as mãos em forma de soco e tocar nas mãos do colega escolhido no ritmo da música. Logo após, o aluno escolhido vai para o centro junto com o aluno que iniciou a atividade e fará tudo novamente, mas escolherá outro colega para parar na frente e assim a atividade se desenvolve, como um bola de neve e acaba quando todos estiverem dentro da roda.

EPO ETA TA EIRA.

Formação: Todos em círculo e sentados.

Desenvolvimento: Cada parta da música corresponde a um movimento diferente, podendo sofre diversas variações.

A epo – bater nas pernas.

ETA ta – bater palmas

Eira – estralar os dedos.

Tuc tuc – mãos em soquinhos na cabeça.

Música: Aepo etata eira

Aepo etata eira

Aepo etata

Aepo e tuc tuc epo

E tuc tuc eira

Bate mão.

Todos em círculo com as mãos no chão entrecruzadas com os colegas ao lado. Ao sinal do professor um integrante bate a mão e os demais devem seguir a sequência, caso alguém se esqueça de bater ou bata mais de uma vez, muda-se o sentido e a pessoa sai da brincadeira.

Sem C e S.

Uma criança escolhe um tema e a criança do lado fala uma palavra referente ao tema, porém não pode começar sem com a letra C nem com a letra S.

Obs: as brincadeiras aqui apresentadas podem sofrer algumas alterações, de acordo com o interesse da turma e do professor.


Um pouco mais das brincadeiras...

O campo da psicologia mostra que as brincadeiras auxiliam as crianças no desenvolvimento da atenção, memória, concentração, além da compreensão de regras e papéis sociais.

Vigotsky, em seus textos defende a importância do brincar, já que para ele a brincadeira vai criar o espaço para a cognição acontecer, por isso a brincadeira é coisa séria e deve fazer parte da vida da criança, não como simples distração, mas sim como um momento de grande aprendizagem para ela.

Devemos olhar a brincadeira como parte significativa da aprendizagem, porque para a criança é um instrumento de apropriação do mundo e porque não dizer de culturas.

A brincadeira do Macaco Preto proporciona para a criança o movimento, a interação e a comunicação com seus pares, além de trabalhar o desenvolvimento psíquico, como a atenção e a concentração.

Podemos notar como uma brincadeira proporciona múltiplas formas de aprendizagem. A brincadeira do Macaco Preto pode ser adaptada conforme o espaço e as preferências do grupo. Dentro das variações de adaptação da brincadeira também pode-se trabalhar com a questão da identidade, inclusive perceber como que as crianças se reconhecem, suas singularidades e percepção.

Bibliografia.

Brougère, Gilles. Brinquedo e Cultura. Coleção: Questões da nossa época. 2ª edição. Editora Cortez. São Paulo, 1997.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pé-na-lata

Pé-na-lata
A turma deverá escolher o aluno que vai ser o "guardião da lata". Um dos alunos participantes deverá pegar uma garrafa pet de dois litros e dar um chute para bem longe. Enquanto o guardião busca a garrafa para colocá-la em um lugar previamente definido por todos, os demais correm para se esconder. Após colocar a garrafa em seu devido lugar, o guardião começa a procurar os colegas e a medida que for achando, deverá correr até a garrafa, encostar nela com o pé e dizer o nome do colega encontrado e o local onde ele está (este colega deverá sair do esconderijo e ficar próximo à garrafa aguardando).
Se um colega, que ainda não foi encontrado, conseguir chegar até a garrafa antes que o guardião, deverá chutar a garrafa para bem longe, obrigando o guardião a recuperá-la e libertando todos os que foram encontrados anteriormente, possibilitando um recomeço do jogo (todos poderão se esconder novamente).
O jogo termina quando o guardião consegue encontrar a todos sem que alguém chute a garrafa.

Reflexão

A brincadeira proposta pelo grupo estimula a criatividade, a imaginação, a espontaneidade e a curiosidade. Além de desenvolver na criança a capacidade de concentração, atenção e observação ela também estimula a coordenação de movimentos amplos, desenvolve o equilíbrio e a eficiência dos movimentos do corpo.

A bricadeira pé-na-lata faz com que a criança crie estratégias para chegar até a lata, ou seje, cultiva o hábito de pensar, e também, estimula os alunos a criarem regras entre a turma, fazendo com que todos se responzabilizem pelo cumprimento das mesmas. De acordo com Kishimoto: “O ato de brincar implica em regras externas, em ver o outro e a cultura em que ele vive em casa, no mundo, com amigos".

Ainda nesse sentido, QUEIROZ (2006, p. 170) dispõe que: “A partir da brincadeira, a criança constrói sua experiência de se relacionar com o mundo de maneira ativa, vivencia experiências de tomadas de decisões".

A brincadeira é parte fundamental no desenvolvimento infantil, o ato de brincar deve oportunizar à criança informações, ações, construções e vivência, garantindo assim, o lúdico.

O “brincar” é uma ação importante que permite com que a criança se socialize, pois integra a criança na vida em comunidade, representando também um elemento essencial à saúde física, emocional e intelectual do ser humano em fase de desenvolvimento.

Referências:

MERTINS, Guilhermina. Projeto Brincar. Disponível em: http://www.ivoti.rs.gov.br/semec/index.php?idTela=4&idNoticia=39>.

KISHIMOTO, Tizuko M. Jogos e Brincadeiras. Disponível em: http://www.formaremrede.org.br/biblioteca/0010.pdf>.

QUEIROZ, Norma Lúcia Neris de; MACIEL, Diva Albuquerque; BRANCO, Angela Uchôa. Bincadeira e Desenvolvimento Infantil: um olhar sociocultural construtivista. Universidade de Brasília, 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/paideia/v16n34/v16n34a05.pdf>. Acesso em 20 de Jun. de 2010.

Grupo: Débora Borba, Gisele Ritta e Alex Junio.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sai, sai tainha... Saia da Lagoa

A brincadeira:

"Sai, sai tainha
Sai, sai tainha
Saia da lagoa
Sai, sai tainha
Sai, sai tainha
Saia da lagoa

Põe uma mão na cabeça
A outra na cintura
Da um remelexo no corpo
E põe a tainha para rua!!"



Organização da brincadeira:

O grupo andará em fila cantarolando a música e seguindo suas instruções, com diversão, animação e interação. Onde pede que coloque a mão na cabeça e na cintura, coloca-se a mão no corpo da pessoa que está à frente. Ao cantar "põe a tainha para a rua" faz-se o movimento como se tivesse jogando ou empurrando o colega que está a frente para a rua - para frente - e o que está no inicio da fila (que não empurra ninguém) faz o papel de tainha e vai para a "rua". Este que estava à frente vai para o fim da fila e a brincadeira recomeça.


Breve reflexão:

As brincadeiras cantadas são formas elementares de se trabalhar o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor das crianças, contribui também para a formação da personalidade do ser humano. É uma atividade completa de grande valor educativo, onde a criança se envolve integralmente. A dança e a música na educação infantil formam uma dupla indispensável para o desenvolvimento da criança e contribui para o desenvolvimento rítmico, corporal, da lateralidade, respiração, percepção visual, auditiva, ajuda também a desenvolver a organização temporal e espacial.
“Valorizar as atividades rítmicas significa oferecer a oportunidade de vivências motoras, atendendo as necessidades biológicas, psicológicas e sócio-motoras do praticante, sendo necessárias à formação geral do ser humano, proporcionando o cultivo da sensibilidade” (NEGRINE & GAUER, 1990 citado por VARGAS, 2007).
As brincadeiras cantadas são apresentadas de acordo com o desenvolvimento e a maturidade da criança, brincando de roda exercita o raciocínio e a memória, estimula o gosto pelo canto e desenvolve o corpo. As atividades devem ser realizadas de forma lúdica, respeitando o nível de compreensão das crianças.
“As crianças brincam das mesmas coisas em idades diferentes, mas elas brincam de formas diferentes.” (Leontiev, Alex N. 1998. 142 p.)

A brincadeira cantada é também um momento de socialização. Ao brincar em grupo a criança é levada a agir, posicionar-se, estabelecendo relações com os demais, livre da intervenção direta do adulto. As crianças são heterogenias, cada criança possui uma forma de ser e agir de acordo com suas peculiaridades.
A variação das condições sociais em que vivem as crianças são o principal factor de heterogeneidade. Para além das diferenças individuais, as crianças distribuem-se na estrutura social segundo a classe social, a etnia a que pertencem, o gênero e a cultura. (SARMENTO e PINTO, 1997 - p. 22)

O brincar faz parte da cultura das crianças, como forma de representação e interação com o mundo em que vivem e, como elemento significativo a elas, é importante a valorização por parte dos adultos das brincadeiras tradicionais e típicas de determinadas regiões. A brincadeira que escolhemos traz este recorte cultural, pois é uma brincadeira na qual esta explicita uma relação com a lagoa e a pesca típica da região litorânea, em específico de Florianópolis.


Referências Bibliográficas:

SARMENTO, Manuel J.; PINTO, Manuel. As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo. In:_____. As crianças: contextos e identidades. Porto: Universidade do Porto, Centro de Estudos da Criança, 1997. p. 9-30.

LEONTIEV, Alex N. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: VIGOTISKI, Lev S, at al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Trad. Maria da Penha Villalobos. São Pulo: Ícone/USP, 1988.

VARGAS, Lisete A. M. Escola em dança: movimento, expressão e arte. Porto alegre: Mediação, 2007.







Durante a conversa após a brincadeira proposta uma de nossa companheiras de turma nos contou que sabia uma variação dela, também nos ensinou a brincá-la. A registramos a seguir:

Sai, sai Piava
Sai, sai Piava
Saia da Lagoa!
Sai, sai Piava
Sai, sai Piava
Saia da Lagoa!
Põe uma mão na cabeça
a outra na cintura
dá um remelexo no corpo
e dá um abraço no outro!

Forma de brincar: Durante a brincadeira, ao invés de ficar em fila, todos fazem uma roda e apenas uma pessoa faz o papel da Piava. Enquanto todos cantam e batem palmas, a piava vai circulando a roda pela parte de dentro e, quando a música mandar, escolhe uma única pessoa para por a mão na cabeça, na cintura e dar um abraço.

Grupo: Cristina, Bruna, Keila e Jimena

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BRINCADEIRA DA LAGARTA PINTADA


Música: “Lagarta, pintada, - quem foi que te pintou?
Foi uma velha/moça que por aqui passou
No tempo da Ilha fazendo poeira...
Puxa/pega lagarta na tua orelha.”


Esta brincadeira foi ensinada por uma senhora, moradora do Pântano do Sul. Em roda, sentadas no chão, cantando a cantiga acima, as crianças se posicionam com as palmas das mãos voltadas para cima (como na brincadeira da adoleta) ou de forma em que possam ser tocadas por uma só criança que passará por todas sucessivamente cantando a cantiga. Ao terminar o cantar da palavra “orelha”, a criança em quem parar o movimento de bater mãos, a orelha (ou outra parte do corpo) será tocada pelo colega que está ao seu lado. No final de várias rodadas da cantoria, todos estarão com as mãos nas orelhas dos colegas e podem então levantar-se unidos em um só grupo (roda) a fim de locomoverem-se sem soltar as orelhas. Propomos que se assim ocorrer, a criança que soltar a orelha do colega, poderá ter seu rosto pintado com tinta guache, por ele.

  • O objetivo do grupo, ao propor esta brincadeira, foi valorizar as brincadeiras tradicionais que são ensinadas no campo da oralidade, através de música, de geração a geração, valorizando a Cultura popular e a Cultura da Criança, produzida por ela. Nesta, percebemos muitas possibilidades de recriar formas para brincar e também de apresentá-la como forma de socialização, e aproximação com os colegas através do lúdico, do exercício do contato físico além desta ser uma brincadeira prazerosa e divertida. Não sendo necessariamente uma “camisa de força”, pois as regras não existem , trata-se apenas de uma música a ser brincada.

  • A brincadeira ao ser recriada pelas crianças deixa de ser uma simples reprodução do que o que o adulto ensina. Como afirma BENJAMIM (1994): "A criança deve ser o Outro do adulto e não o seu molde”.
  • Pensamos sobre as possíveis mudanças na letra da música, nas palavras “velha” substituímos por “moça” assim como a palavra “puxa” por “pega a orelha”, para melhor apresentarmos às crianças. Já que “puxar a orelha” tem uma forte conotação com uma antiga forma de castigo. Não sabemos quais seriam as implicações do uso das palavras originais da música na escola, por isso deixamos aberta aqui, esta discussão...


Atividade desenvolvida no dia 30/08/2010

Equipe: Andra, Marcella, Sarita e Suélen
Turma: 07308-a

 
Blog Design by Ammupappa