Música: “Lagarta, pintada, - quem foi que te pintou?
Foi uma velha/moça que por aqui passou
No tempo da Ilha fazendo poeira...
Puxa/pega lagarta na tua orelha.”
Foi uma velha/moça que por aqui passou
No tempo da Ilha fazendo poeira...
Puxa/pega lagarta na tua orelha.”
Esta brincadeira foi ensinada por uma senhora, moradora do Pântano do Sul. Em roda, sentadas no chão, cantando a cantiga acima, as crianças se posicionam com as palmas das mãos voltadas para cima (como na brincadeira da adoleta) ou de forma em que possam ser tocadas por uma só criança que passará por todas sucessivamente cantando a cantiga. Ao terminar o cantar da palavra “orelha”, a criança em quem parar o movimento de bater mãos, a orelha (ou outra parte do corpo) será tocada pelo colega que está ao seu lado. No final de várias rodadas da cantoria, todos estarão com as mãos nas orelhas dos colegas e podem então levantar-se unidos em um só grupo (roda) a fim de locomoverem-se sem soltar as orelhas. Propomos que se assim ocorrer, a criança que soltar a orelha do colega, poderá ter seu rosto pintado com tinta guache, por ele.
- O objetivo do grupo, ao propor esta brincadeira, foi valorizar as brincadeiras tradicionais que são ensinadas no campo da oralidade, através de música, de geração a geração, valorizando a Cultura popular e a Cultura da Criança, produzida por ela. Nesta, percebemos muitas possibilidades de recriar formas para brincar e também de apresentá-la como forma de socialização, e aproximação com os colegas através do lúdico, do exercício do contato físico além desta ser uma brincadeira prazerosa e divertida. Não sendo necessariamente uma “camisa de força”, pois as regras não existem , trata-se apenas de uma música a ser brincada.
- A brincadeira ao ser recriada pelas crianças deixa de ser uma simples reprodução do que o que o adulto ensina. Como afirma BENJAMIM (1994): "A criança deve ser o Outro do adulto e não o seu molde”.
- Pensamos sobre as possíveis mudanças na letra da música, nas palavras “velha” substituímos por “moça” assim como a palavra “puxa” por “pega a orelha”, para melhor apresentarmos às crianças. Já que “puxar a orelha” tem uma forte conotação com uma antiga forma de castigo. Não sabemos quais seriam as implicações do uso das palavras originais da música na escola, por isso deixamos aberta aqui, esta discussão...
Atividade desenvolvida no dia 30/08/2010
Equipe: Andra, Marcella, Sarita e Suélen
Turma: 07308-a
meninas parabens pela brincadeira, achei extremamente criativa e diferente.
ResponderExcluiré interessante perceber que as brincadeiras antigas de nossa cultura acabam se perdendo com o tempo. E é muito importante resgatá-las para que se possa atribuir as nossas crianças os valores das antigas gerações.
Parebéns.
achei a brincadeira muito interessante, diferente. Nos mostra o quanto é importante o resgate de brincadeira e jogos que por algum motivo foram deixadas para trás com o tempo. A forma de como vocês conseguiram a brincadeira também foi impressionante, pois nos mostra que quando nos propuzemos a fazer algo, as informações aparecem de maneira muito claras e trasparentes. Parabéns meninas
ResponderExcluirOla meninas...
ResponderExcluirAdorei a brincadeira e como falou a Marcia o mais impressionante foi a forma como conseguiram, isso mostra que se pararmos para observar o mundo a nossa volta podemos aprender muitas coisas...
Parabéns meninas.
Adorei a brincadeira, meninas.
ResponderExcluirEu não conhecia, mas achei bastante interessante e como as meninas já citaram acima, a forma como foi conseguida é realmente impressionante.
As adaptações feitas foram apropriadas.
Achei um pouco dificil a questão do levantar do chão, ficando de pé, segurando a orelha do colega ao lado. Sugiro que talvez esse momento pudesse ser feito de uma forma diferente, ao invés de segurar a orelha, colocar a mão na cabeça do colega ao lado. Não sei se seria fácil demais e dessa forma não conseguiriamos "pintar" ninguém, pois ninguém tiraria a mão da cabeça, não sei... Só tentando pra saber.
Parabéns, ótima brincadeira.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei bastante da brincadeira da Lagarta Pintada. Considero importante termos em nosso repertório brincaderias como esta que além de resgatar as cantigas de roda fazem com que todos participem até o final sem enfatizar a competição.
ResponderExcluirUM RESGATE CULTURAL, QUE DEVEMOS VALORIZAR CADA VEZ MAIS.
ResponderExcluirA BRINCADEIRA E A MÚSICA QUE FIZERAM PARTE DE UM MOMENTO NO PASSADO COMO INSTRUMENTO DE SOCIALIZAÇÃO ENTRE AS CRIANÇAS, HOJE GANHOU VIDA ATRAVÉS DO GRUPO QUE O RESGATOU E REPASSOU ENSINANDO FUTURAS PEDAGOGAS A BRINCADEIRA DA LAGARTA PINTADA!
Parabéns!!
A brincadeira com a música encanta e envolve as crianças e também é sempre um momento de aprendizagem.
ResponderExcluirResalto o que foi dito em sala de aula, no momento da socialização da brincadeira, é de extrema importância, caso ocorra alguma modificação na mesma, brincar e observar como se dará a nova adaptação.
Nossa turma é muito grande, porém quando fomos brincar em grupos menores a brincadeira foi muito divertida.
Parabéns meninas.
Meninas, adorei a brincadeira!
ResponderExcluirComo algumas colegas já falaram, a música envolve muito as crianças, e é extamente esse ponto que acho importante em qualquer brincadeira, qualquer atividade que apresentamos a elas.. é delicioso quando elas estão envolvidas por algo, elas curtem o momento, se divertem e aprendem com muito mais facilidade.
Outro ponto que me chamou a atenção foi quando discutimos o " adaptar ou não " a musica... penso que podemos adaptar sim, a musica, a brincadeira.. mas não devemos tirar a "essencia" dela, ela não pode deixar de ser a "cantiga de roda do tempo dos nossos avós".
E isso voces fizeram muito bem, Parabéns!
Ah..É muito divertida, fiz com meus alunos e eles adoraram!!
Segundo Lydia Hortélio (2008) é visível:
ResponderExcluir"Que brincar é preciso. Que levar a criança a brincar é uma tarefa inadiável. As escolas deviam tomar consciência disso, mas os recreios foram encurtados porque cada vez mais a preocupação é com o conteúdo. É a mente, a herança cartesiana. E o Brasil que dança está sendo esquecido. Acho que viemos ao mundo para dançar, para brincar. Dizendo isso não estou defendendo que não viemos para aprender toda a herança cultural do mundo. Mas isso precisa ser revisto. Antes de mais nada, é preciso ser feliz. É preciso brincar para afirmar a vida."
Portanto se faz necessário que essa brincadeira cantada não seja esquecida,pois através dela é possivel brincar e se diverir valorizando nossa herança cultural. E a escola é um lugar muito favorável para essa prática educativa, pois é o espaço onde encontram-se diferentes culturas.
Foi muito legal a brincadeira, no inicio discutimos o objetivo da brincadeira na posição de adultos, mas no fim o legal foi que brincamos feito crianças... Me fez relembar minha infância onde nos reuniamos no recreio pra brincar de adoleta, elastico, papagaio louro, corda... Não conhecia a brincadeira mas achei interessante. Parabéns meninas
Lagarta pintada é uma brincadeira cantada que possibilita não só as crianças mais todos aqueles que a brincam, um envolvimento e a possibilidade de explorar diferentes conceitos: resgate cultural,rima, noções de lateralidade ,enfim,a brincadeira foi de extrema criatividade por parte do grupo. No que diz respeito às questões que surgiram no desenvolver da brincadeira em relação ao conteúdo da música e a organização dos grupos participantes, fazem parte da ação pedagógica ,na qual analise e reorganização das ações desenvolvidas no grupo são constantes no trabalho educativo.
ResponderExcluirParabéns a brincadeira é muito divertida e envolvente.
Cris
Estas manifestações da cultura popular espontânea estão com o seu espaço tão diminuído. Porém, sem estarem em alta, também não estão extintas, elas sobrevivem a era do computador.
ResponderExcluirObservando um grupo de crianças brincando espontaneamente com estas canções, ou, mergulhando no tempo e nos recordando das Brincadeiras-de-roda vivenciadas na própria infância, percebemos que algo precioso se processa. Trata-se de um movimento de entrega, de alegria e de intensidade vital.
A canção proposta pelas meninas é muito interessante, pois foge das musicas padrões populares que todas conhecemos.
OI meninas,
ResponderExcluirAdorei o modo como vocês encontraram a brincadeira da lagarta. As brincadeiras tem se perdido, e precisamos manter essas brincadeiras vivas, ensinando-as as crianças, passando para frente.
Algo que precisamos tomar cuidado é o fato de testar antes de apresentar para as criancas, pois teve muitas "discordancias".
Parabens
Cibelle Cidade
Comentando a Brincadeira “Lagarta Pintada”
ResponderExcluirÉ uma brincadeira cantada que pode ser trabalhada com diferentes idades de crianças, em grandes ou pequenos grupos, sendo que podemos acrescentar ou retirar elementos, como foi apresentado pelo grupo, onde fez algumas adaptações da brincadeira original.
Uma brincadeira rica que desenvolve a oralidade, concentração, percepção auditiva, coordenação motora e o toque, onde tivemos o prazer de vivenciar e experimentar cada uma dessas sensações. A brincadeira permite ao professor enriquecer e ampliar seu planejamento como também o repertorio das crianças. A partir dessa brincadeira um leque de opções são oferecidos, tais como: trabalhar as cores, partes do corpo humano, os sentidos, animais, afetividade, interação etc. Cabe ao professor oferecer momentos como esses, que levam as crianças a estarem em contato com sua cultura, para curtir, experimentar, imaginar, criar e BRINCAR. Parabéns ao grupo!
GRUPO: Adriana, Amanda, Débora Clara e Jamine.
achei muito legal(teste)
ResponderExcluirGRUPO: Elaine, Francyelli, Lucila, Maria Eliza
ResponderExcluirNo início, nós estudantes não nos deixamos levar pela brincadeira “lagarta pintada”, queríamos conversar sobre ela, achar justificativas, regras, e não deixamos de imediatos fruir a criança que está em nós. Isto aconteceu porque ainda carregamos fortemente as características racionais do adulto. Por pouco, deixamos de vivenciar a magia e o prazer proporcionado pelo brincar. Depois, houve um estranhamento com a expressão “pega na orelha”, a expressão nos faz lembrar um ato violento. No entanto, novamente complicamos, a criança entende “pega a orelha” e não “puxa a orelha”.
A criança está descobrindo seu corpo e aprendendo a se movimentar, por isso devemos estar atentos ao que ocasionalmente pode acontecer como, por exemplo, de uma criança ao levantar-se com as mãos na orelha do amigo provocar desconforto ou dor no outro.
Considerando que as crianças são diferentes, têm particularidades e sensações distintas, algumas podem ser mais sensíveis ao toque na orelha. Caso o grupo não esteja bem, como toda a brincadeira, a “lagarta pintada” pode ser adaptada, readaptada e o professor pode ouvir a criança e oferecer a ela propostas de modificações.
A brincadeira “lagarta pintada” carrega consigo marcas culturais, inclusive, da cultura açoriana. Nesta brincadeira as crianças podem se divertir e trabalhar a concentração e a coordenação motora. Brincando de “lagarta pintada” nos descontraímos, movimentamos nosso corpo, observamos o outro, esperamos o nosso momento de agir.
Como grupo responsável pela reflexão após a apresentação da brincadeira pontuamos aqui algumas das questões levantadas no momento de socialização da brincadeira em sala de aula.
ResponderExcluirEm relação a manutenção ou não da forma original da música, acredito que é preciso preservar as brincadeiras o quanto for possível, no entanto as adaptações feitas pelas meninas foram bastante pertinentes e não mexeram na estrutura da brincadeira ou ritmo da música. Além disso, por não possuírem, na maioria das vezes um registro escrito e por serem fruto da oralidade, as músicas sofrem alterações naturalmente e podem ser encontradas de diferentes formas nas diversas regiões ou grupos onde são brincadas.
As brincadeiras cantadas são extremamente motivadoras e encantam as crianças, elas podem ser introduzidas pela própria música e movimentos do professor, chamando a atenção das crianças para o jogo.
A brincadeira proposta se mostra interessante ao permitir que as crianças se toquem, o que muitas vezes é um desafio para elas e coloca a mostra inclusive as questões de gênero.
Outro ponto forte da brincadeira é o fato de que todos devem trabalhar de forma cooperativa e conjunta durante todo o tempo, de forma que ninguém é excluído em nunehum momento e todos permanecem jogando até o fim.
A brincadeira que resgata a cultura popular da Ilha foi um achado e tanto, super divertida e encantadora.
Parabéns Meninas!
Izabella, Márcia, Dayse Mariana.
achei incentivador.
ResponderExcluir