Grupo: Elaine Eliane Peres, Francyelli Hoffmann,
Lucila Monteiro dos Santos, Maria Eliza C. Pimentel
Conhecendo a Corrida de minhocas...
Faixa etária indicada: 5 a 6 anos
Número de participantes: 6 ou mais
Primeiramente é feita a divisão do grande em grupo em grupos menores, dependendo da quantidade de participantes, dois ou três grupos menores. As equipes se posicionam uma ao lado da outra e seus integrantes sentam no chão, com as pernas abertas para que outra pessoa sente entre suas pernas, formando fileiras distintas para cada grupo.
Uma pessoa deverá ser o juiz. O juiz, no início da brincadeira, determinará a ordem e os movimentos a serem realizados pelas equipes ao término de cada rodada. Estes movimentos podem ser variados: passar a bola por cima da cabeça, por baixo da perna, pelo lado esquerdo, pelo lado direito ou ambos, etc.
O primeiro participante da cada “minhoca” recebe uma bola e ao ouvir o sinal do juiz passa a bola ao companheiro de trás a toda velocidade. Quando a bola é recebida pelo ultimo jogador da fileira, este se levanta rapidamente e vai até o principio da fila, fazendo com que o grupo avance uma posição.
Se em algum passe a bola cair, deve-se devolvê-la ao primeiro da fila para recomeçar e repetir os passes feitos. Quando for completada uma rodada e a bola chegar novamente ao primeiro participante a passá-la no início do jogo, a equipe passa a executar o próximo movimento. A “minhoca” que primeiro completar seu circuito é a vencedora.
Qual a importância da brincadeira?
A brincadeira é uma atividade essencial na vida das crianças, pois por meio dela a criança se desenvolve em sua completude, tanto o corpo como a mente. A brincadeira proporciona um mundo de descobertas que envolve e fascina não somente as crianças, mas também os adultos.
Mas afinal, o que é brincar? Como afirma Brougère, “Brincar supõe, de início, que, no conjunto das atividades humanas, algumas sejam repertoriadas e designadas como ‘brincar’ a partir de um processo de designação e de interpretação complexo” (2002: 20). As brincadeiras podem variar dependendo da cultura, tendo outros nomes, regras, mas independente deste fator, as brincadeiras só existem por meio da designação e da interpretação das atividades humanas.
A brincadeira promove tanto o desenvolvimento físico quanto o psíquico. Por ser uma atividade tão importante para o desenvolvimento das crianças, é fundamental que a brincadeira faça parte do cotidiano de qualquer instituição de ensino voltada para o atendimento de crianças, seja qual for a idade que tenham.
É com a brincadeira que a criança se manifesta de diversas maneiras e assim, desenvolve-se. Leontiev (1988) aponta que a brincadeira não é instintiva, ela é uma atividade objetiva que proporciona que a criança perceba o mundo que esta inserida, pois a brincadeira “nasce” da necessidade que a criança possui de conhecer o mundo, as coisas, as pessoas.
Vygotsky (1998) também aponta a importância da brincadeira, destacando que “é enorme a influencia do brinquedo no desenvolvimento de uma criança” (p. 126), pois é por meio da brincadeira que a criança vai significando e resignificando o mundo que está a sua volta, vai aflorando sua imaginação e essa imaginação infantil desenvolve o pensamento abstrato. Também, é na brincadeira que as crianças podem ser livres e espontâneas.
Outro ponto a destacar é a importância das crianças interagiram entre elas próprias e a brincadeira proporciona esta interação, que como nos diz Sarmento, “permite às crianças apropriar, reinventar e reproduzir o mundo que as rodeia, numa relação de convivência que permite exorcizar medos, construir fantasias e representar cenas do cotidiano [...]” (2002: 11). Assim, fica claro a importância que as brincadeiras possuem para o desenvolvimento infantil.
Dessa forma, com todo o exposto é evidente a importância que a brincadeira possui no desenvolvimento infantil, pois por meio dela a criança se socializa com seus pares, descobre o mundo, vive a imaginação e a magia de ser criança.
Para finalizar, um trecho da música Uni Duni Tê, do Trem da Alegria que resume um pouco da magia da infância. “Vai nos levar para um mundo de magia onde a fantasia vai entrar na dança e quando o brilho do amor chegar quero é mais brincar melhor é ser criança... Uni duni duni tê ôôô salame míngüe ôôô sorvete colore...”
Referências bibliográficas
VIGOTSKI, Lev S. A Formação Social da Mente. 6° Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Capítulo VII.
BROUGÈRE, Gilles. A criança e a cultura lúdica. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 2002.
SARMENTO, Manuel Jacinto. Imaginário e culturas de infância. 2002. Texto produzido no projeto POCTI/CED/49186/2002. Disponível em HTTP://cedic.iec.uminho.pt/Textos de Trabalho/textos/ImaCultinfancia.pdf
LEONTIEV, Alexis N. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: VYGOTSKY, Lev Semenovich. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988.