domingo, 31 de outubro de 2010
BRINCADEIRA "ADIVINHE QUEM É O MESTRE"
Brincadeira proposta pelo grupo: Bianka Machado, Maryanne Luz e Sabrina Gouveia.
Como brincar:
O grupo se dispõe na sala de maneira que todos fiquem sentados no chão formando um circulo, então escolhem um dos integrantes para iniciar a brincadeira sendo o mestre e outro para ser o detetive.
O detetive deve ser separado do grupo de maneira que não possa ver o mestre começar a brincadeira com seus comandos. Após comandar o grupo com algum movimento com o corpo, todos devem pedir para que o detetive entre (Detetive pode entrar), este deve ficar no meio do circulo e tentar adivinhar quem é o mestre da vez, lembrando que o mestre deve modificar os movimentos variadas vezes.
O detetive tem 3 chances para adivinhar, se não conseguir o grupo deve sortear novamente outro detetive e mestre para a nova rodada.
• O objetivo do grupo com esta brincadeira é despertar nas crianças suas percepções auditivas e visuais, além de trabalhar com a memória e com a atenção:
-do grupo, que precisa prestar atenção no mestre sem deixar pistas para o detetive;
-do mestre, que precisa de grande disfarce para não ser percebido;
-do detetive, que precisa analisar os movimentos de cada participante minuciosamente,o ritmo e o entrosamento do grupo até o momento em que descubrir o mestre.
Também temos como objetivo nessa brincadeira explorar os movimentos corporais e o trabalho coletivo. O corpo é bastante trabalhado e pode ser explorado de diversas maneiras, combinando movimentos, ritmos e muita criatividade para compor movimentos diferentes em um curto espaço de tempo. Essa brincadeira estimula a criança a experimentar novas possibilidades e aprimorar movimentos, utilizando a criatividade e o corpo para se manifestar também de acordo com seus sentimentos. O grupo recebe esses comandos e as sensações, criando uma harmonia entre os movimentos que dão sequência a brincadeira.
• A brincadeira é fundamental na educação, pois através dela é possível intercalar afeto, motricidade, linguagem, percepção, representação, ludicidade com aprendizagem.
“... o brincar é um meio pelo qual os seres humanos e animais exploram várias experiências em diferentes situações e para diversas finalidades.
(MOYLES, 2002)
• Portanto é através da brincadeira que “deve-se possibilitar situações de interação e aprendizagem de maneira que as crianças possam desenvolver sua capacidade de autonomia do ponto de vista afetivo, cognitivo, estético e social, incorporando, também, elementos que pensem a pessoa pluridimensional, considerando a emoção, a arte, a sensibilidade, o corpo, a vontade, a cultura e a tecnologia como dimensões do fazer educativo.” (Mônica Fantin, 2000)
• Com isso fica claro a importância do jogo e da brincadeira no processo de aprendizagem das crianças. De acordo com Oliveira (2002), o jogo humano requer a capacidade de se relacionar com diferentes parceiros e com eles comunicar-se por meio de diferentes linguagens, para criar o novo tomar de decisões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FANTIN, Mônica. No mundo da brincadeira: jogo, brinquedo e cultura na educação infantil. Florianópolis: Cidade Futura, 2000.
MOYLES, Janet. R.. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Trad. Maria Adriana Verríssimo Veronese. Porto Alegre: Artmed, 2002.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. In: Coleção Docência em Formação. São Paulo: Cortez, 2002.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Outras brincadeiras
Desculpem o atraso da postagem mas gostaria de colocar no Blog outras duas das brincadeiras feitas em sala, aí vão:
Brincadeira QUAL É A REGRA?
Nessa brincadeira, que pode ser feita em pequenos ou grandes grupos, um dos participantes inicia falando algo que irá levar para uma viagem, dizendo: Vou viajar e levarei um "....". Esse será o participante que inventou e conhece a regra utilizada para saber o que pode ou não ser carregado. Após isso os outros participantes deverão dar palpites sobre o que gostariam de levar e o primeiro jogador é quem dirá se aquilo pode ou não ser carregado na viagem. As regras podem variar dependendo da vontade do jogador que inicia a brincadeira, podendo ser carregadas, por exemplo, apenas coisas amarelas, ou então apenas o que começa com a mesma letra que inicia o nome do participante que deu o palpite e assim por diante.
A brincadeira se torna interessante por não necessitar de materiais específicos ou espaços amplos, além de estimular a imaginação e desenvolver o raciocínio lógico dos participantes, que devem permanecer atentos tentando estabelecer conexões entre os artigos possíveis de serem levados para a viagem para dessa forma desvendar a regra por de trás do jogo. Quando um participante a descobre ele não deve contar aos outros, mas seus palpites se tornam valiosos e funcionam como pistas para aqueles que ainda não desvendaram o segredo. O jogo termina após todos descobrirem a regra.
Brincadeira PROCURANDO A CAVERNA
Nessa brincadeira as crianças estão dispostas em círculo sentadas no chão, o condutor da brincadeira, que pode ser o professor, inicia um passeio imaginário repleto de obstáculos, enquanto conversa com as crianças dizendo o que está pelo caminho, todos devem fazer gestos que representem a passagem pelo obstáculo: gestos de subir ou descer da árvore, de passar por baixo de algo, nadar para atravessar um rio etc. Entre um obstáculo e outro deve-se bater com as mãos sobre a perna para representar caminhadas ou corridas. Ao final da brincadeira as crianças "encontram" a caverna, e ao entrar descobre-se um grande urso. Nesse momento o caminho deve ser relembrado da maneira inversa ao modo como ocorreu na ida a caverna e de maneira bem rápida, representando a volta para casa, fugindo do urso.
A brincadeira proposta é bastante flexível e pode ser sempre reinventada pelo professor e pelas crianças, assim como pode ser feita em pé ou caminhando. Ainda existe outra versão da brincadeira, que foi apresentada pela Debora, em que a caminhada era embalada por uma canção e o animal encontrado era um leão.
De qualquer maneira a brincadeira aqui exposta permite que as crianças circulem por múltiplos ambientes imaginários, repletos de desafios e de fantasia, além de permitir a consciência corporal e fortalecer as representações estabelecidas pelas crianças.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Macaco preto.
Vamos descrever as brincadeiras que foram apresentadas no dia 27 de setembro.
Macaco preto.
Formação: Um aluno no centro. Delimita-se um espaço que pode ser uma quadra de futebol. Uma criança fica no centro e os demais em uma das linhas de fundo.
Desenvolvimento: a criança do centro delega várias cores ao macaco, como por exemplo, macaco verde, macaco azul e ao falar macaco preto, as crianças deverão correr até a linha de fundo do outro lado, quem for pego pela criança do centro, ajudará a pegar as demais.
Está brincadeira pode ser modificada, trabalhando diferentes temáticas como, por exemplo, os animais, identidade, os gostos de cada um, frutas entre outros.
Pode-se brincar assim: a criança que está no centro, no lugar de falar macaco preto, fala uma outra característica, como quem usa brinco, por exemplo e a criança com esta característica se desloca para o outro lado.
Chaca, Chaca, Ugaga.
Formação: Todos em pé formando uma roda com um integrante no centro, sendo que um integrante vai até o centro da roda cantando a seguinte música:
Chaca, Chaca, Ugaga, Ugaga, Ugaga (2x)
Eu quero você pra mim (2x)
Tum, tum, tum, tum, tum (2x)
Desenvolvimento: o aluno que iniciar, irá sair cantando, dançando e batendo palmas dentro da roda, enquanto todos estarão batendo palmas e cantando também. No momento da música em que diz: eu quero você pra mim, deverá escolher um colega e parar em frente à ele e apontar para o colega e para si rapidamente. No momento da música que diz: Tum, tum, tum, tum, tum, o aluno deverá fechar as mãos em forma de soco e tocar nas mãos do colega escolhido no ritmo da música. Logo após, o aluno escolhido vai para o centro junto com o aluno que iniciou a atividade e fará tudo novamente, mas escolherá outro colega para parar na frente e assim a atividade se desenvolve, como um bola de neve e acaba quando todos estiverem dentro da roda.
EPO ETA TA EIRA.
Formação: Todos em círculo e sentados.
Desenvolvimento: Cada parta da música corresponde a um movimento diferente, podendo sofre diversas variações.
A epo – bater nas pernas.
ETA ta – bater palmas
Eira – estralar os dedos.
Tuc tuc – mãos em soquinhos na cabeça.
Música: Aepo etata eira
Aepo etata eira
Aepo etata
Aepo e tuc tuc epo
E tuc tuc eira
Bate mão.
Todos em círculo com as mãos no chão entrecruzadas com os colegas ao lado. Ao sinal do professor um integrante bate a mão e os demais devem seguir a sequência, caso alguém se esqueça de bater ou bata mais de uma vez, muda-se o sentido e a pessoa sai da brincadeira.
Sem C e S.
Uma criança escolhe um tema e a criança do lado fala uma palavra referente ao tema, porém não pode começar sem com a letra C nem com a letra S.
Obs: as brincadeiras aqui apresentadas podem sofrer algumas alterações, de acordo com o interesse da turma e do professor.
Um pouco mais das brincadeiras...
O campo da psicologia mostra que as brincadeiras auxiliam as crianças no desenvolvimento da atenção, memória, concentração, além da compreensão de regras e papéis sociais.
Vigotsky, em seus textos defende a importância do brincar, já que para ele a brincadeira vai criar o espaço para a cognição acontecer, por isso a brincadeira é coisa séria e deve fazer parte da vida da criança, não como simples distração, mas sim como um momento de grande aprendizagem para ela.
Devemos olhar a brincadeira como parte significativa da aprendizagem, porque para a criança é um instrumento de apropriação do mundo e porque não dizer de culturas.
A brincadeira do Macaco Preto proporciona para a criança o movimento, a interação e a comunicação com seus pares, além de trabalhar o desenvolvimento psíquico, como a atenção e a concentração.
Podemos notar como uma brincadeira proporciona múltiplas formas de aprendizagem. A brincadeira do Macaco Preto pode ser adaptada conforme o espaço e as preferências do grupo. Dentro das variações de adaptação da brincadeira também pode-se trabalhar com a questão da identidade, inclusive perceber como que as crianças se reconhecem, suas singularidades e percepção.
Bibliografia.
Brougère, Gilles. Brinquedo e Cultura. Coleção: Questões da nossa época. 2ª edição. Editora Cortez. São Paulo, 1997.